quarta-feira, 22 de abril de 2009

Pensei.

Hoje eu acordei filhodaputa filósofo.

Até onde as coisas são normais?

Normal... O que é o normal?

Normal é tudo aquilo que é algo já comum e que acontece com frequência, que não choca. Hoje não é mais normal casar com 15 anos. Antigamente era.

Hoje é normal escutar Madonna (me refiro ao conteúdo das músicas), o que não era bem visto antigamente.

O tempo passa. As pessoas mudam. A sociedade muda. Ou seja, as pessoas são mudadas pelo tempo, e pela sociedade. A sociedade é mudada pelas pessoas, e logo, pelo tempo.

A única coisa que sempre se mantém é o tempo.

O que foi atrás do momento atual, nunca voltará. E o que for na frente, não existe. É tudo desenhado pelas pessoas, em tempo real.

Algo falta nisso tudo. Todas essas mudanças não são obrigatoriamente positivas. Algumas não chegam nem a ser desejadas ou úteis, mas são necessárias.

Não dá para prever absolutamente nada. Qualquer coisa, por mais provável que seja, tem uma chance de simplesmente não acontecer. E essa chance aumenta conforme a complexidade do objeto em questão.

Pessoas são objetos também, visto que elas podem ser movidas para fazer algo por um bem maior, coletivo ou individual.

Se pessoas mudam a sociedade, e são manipuláveis, então pessoas podem mudar a sociedade duas vezes. O manipulador é hábil com as palavras ou com gestos, mas isso não importa. O manipulado é um hábil qualquer coisa, sendo sucetível aos pedidos do manipulador.

Temos então um ciclo.

O tempo muda as pessoas. As pessoas mudam as pessoas. As pessoas mudam a sociedade. E a sociedade muda as pessoas.

Se tudo é desenhado no momento pelas ações ou palavras das pessoas, tudo pode mudar de um momento para outro. Basta, e repito enfatizando, BASTA as pessoas darem uma chance de perderem seu tempo pensando. É só parar e pensar, dez minutos podem ser o suficiente, as vezes um mês. Não importa o tempo. Pense. Nem que seja para não sair do ponto, mas pense dando a si  próprio a chance de pensar.