sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Olá a toldos!

Pensar hoje se tornou algo tão natural... Tão humano. O que chega a ser irônico é o tema que me fez pensar tanto. A morte.

Hoje, me jogava do décimo primeiro andar, rumo a algum lugar, e a lugar nenhum ao mesmo tempo. Ontem era sozinho, talvez apenas um ponto nessa imensidão de estrelas, que por sua vez é um ponto na imensidão de estrelas...

O suicídio de um professor , que mesmo não dando aula, me reacendeu a chama de pensamento (seria muito estranho agradecer?). A vida é tão breve... Mas peraí, sessenta anos é pouco tempo? Olha quantos outros seres, bem menos complexos, estão por aí indo e vindo com frequência muito maior que a nossa. Será que sessenta anos é pouco tempo?

Tá, a vida talvez não seja tão breve... Temos muitos momentos de vida. Algumas pessoas sentem-se inclinadas a dar um fio a esse intervalo de tempo em que vive. É justo?

Talvez seja, já que a vida é um bem individual (como se tentar definir quanto tempo é pouco ou muito já não fosse muita pretensão). Talvez não, e neste momento não importa. O que importa é que hoje, mais um jogou fora sua vida (leia assassinou-se). Era uma pessoa relativamente bem sucedida, vários diplomas nas paredes e dinheiro o suficiente para se viver muito bem, mesmo nesse país. E de que importou tudo isso, se no final das contas (um pouco antes disso, na verdade) o infeliz foi infeliz? Será que ele foi feliz, no final literal? Isso também não sei, e aqui não há como ter certeza MAHNEMFODENDO, afinal, creio que ninguém que esteja lendo isso já morreu para dizer como é.

Tem tanta gente no mundo hoje que é difícil conseguir ficar sozinho. Ele conseguiu (não que quisesse, mas de certo modo não tentou o suficiente para mudar isso). Quase 7 bilhões, pelo que me consta, e ainda é possível se sentir sozinho por anos.

Seres humanos são de fato complexos... Sentimentos, conhecimentos, capacidades, medos e instintos... Deve ter mais algo que eu esqueci de escrever aqui agora. Vejamos, o medo da morte. Nós temos, correto? O medo talvez não todos, mas o conhecimento da morte já não é novidade. Nós nascemos e tão logo que adquirimos consciência já começamos a pensar:

-Iaí mano, iaí? Sou camera man, não precisava tá aqui?Como é quando morremos, afinal?

Óbvio que a pergunta nem sempre é feita dessa forma, e cada um tira a resposta que quiser (não há provas de nada, porém). O caminho que eu sigo, porém, é que nós nascemos, vivemos e morremos (AH,VÁ?). E é isso.

MahPorra Batemá, só isso?

Só isso. Vai chorar (por favor, não me atirem pedras, eu sou só mais um ateu chato e bobo)?

Vemos, com uma certa repetição, pessoas que se matam com a justificativa (as vezes não deixam uma prova disso, mas tudo indica que) de que tem muitos problemas e a vida já não pesa tanto(ou mais) quanto os problemas na balança vidaXsofrimento.

Se você tem essa visão e vai se matar (espero que não, já temos depressivos de mais no mundo[embora seus números aumentem e diminuam muito rapidamente]) não o faça com esse pensamento. Te permito, e te exponho já meu ponto de vista, que o faça se quiser simplemente tá caro o fodasse tacarofodasse (neologismo-mo-mo) e passar os seus problemas ( e com sorte criar mais alguns) para outras pessoas. É, você é um grande filho da puta fazendo isso SABENDO que vai fazer isso. Mas e daí, quem vai te julgar? Você já tá morto mesmo, ninguém vai te encher o saco! O melhor desse pacote, é que mesmo fazendo isso, você vai ser lembrado com carinho mesmo por aqueles que, pelas suas costas mandaram você tomar bem no meio da sua rodinha! Olha que maravilha de promoçoa.

Brincadeiras a parte, é muito triste um suicídio. Simplesmente porque se perde muito. Uma pessoa que poderia ter mudado o mundo com um pensamento brilhante joga fora essa chance (as vezes corta, as vezes esmaga, entre outras maneiras...). Isso pode ser trágico.

A morte, por outro lado não é trágica. Afinal, acabou.

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